Olá a todos! Estamos numa altura do ano que, geralmente, é muito dura para quem já viu partir pessoas que ama. A luminosidade diminui, o ar está sempre molhado, a alma fica um pouco mais pesada. Novembro irrompe de imediato ao dia 1, como uma chapada intensa bem no centro da nossa realidade. Sejamos ou não religiosos, existe um ritual que, inevitavelmente, assistimos repetido pelas ruas, através do qual somos remetidos para a perda. Podemos gerir esta dor do luto de forma construtiva? Sim, nós perdemos, porque ganhamos. Então vejamos como. Nick Cave, a propósito da esmagadora perda do filho, refere que o tempo é elástico. Afirma que conseguimos afastar-nos do evento mas que, a dada altura, o elástico irá rebentar e trazer-nos sempre de volta ao mesmo. Concordo em absoluto com esta perspectiva. É isto que se sente. Quando morre alguém que amamos,